O programa Manhattan Connection, veiculado pelo canal Globo News, em sua edição de 3 de abril, conseguiu indignar o mundo árabe e a todas as mulheres, orientais e ocidentais. Quatro jornalistas, coordenados por Lucas Mendes, radicado em Nova York, discutiam o tema Esposas dos ditadores do mundo árabe são belas e convenientes. Sabemos que a imprensa, graças a Deus, é livre e não só pode como deve discutir sobre todos os assuntos.
Acontece que um desses jornalistas, o senhor Caio Blinder, também residente em Nova York, ofendeu, de maneira extremamente grosseira a rainha Rania, da Jordânia. Com a licença de vocês, palavras literais do jornalista: “Politicamente ela (Rania) e as outras piranhas são intragáveis. Todas têm uma fachada de modernização desses regimes, ou seja, não querem parecer que são realeza parasita nem mulher mulçumana submissa”.
O jornalista chama ainda, desculpem os termos, de peruas e piranhas a rainha Asma Al Assad, da Síria; a rainha Noor, viúva do Rei Hussein da Jordânia, e princesa Amira Al Tawell, da Arábia Saudita.
A declaração do jornalista, que teve de pedir desculpas, assim como o coordenador do programa Lucas Mendes, fez com que o embaixador da Jordânia no Brasil, Ramez Goussmous, enviasse ao Itamaraty exigência de retratação. Outros 17 embaixadores de países árabes com representação em Brasília endossaram o protesto da Jordânia.
Vamos lutar sempre pela liberdade de imprensa, mas não podemos aceitar que um homem se dirija assim a uma mulher, oriental ou ocidental, seja ela rainha ou não. Não podemos aceitar que um brasileiro ataque, de maneira grosseira uma mulher estrangeira, representante de seu país, uma mulher que é filha, esposa e mãe.
Meu repúdio veemente.
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